O Anú

 

Nome tirado de um pássaro dos banhados Rio-grandenses, cuja cor deste é preta. Dança típica do fandango gaúcho, o "Anú" divide-se em duas partes totalmente distintas: uma para ser cantada, e outra para ser sapateada. Aproxima-se bastante da "Quero-Mana", principalmente pelo passeio cerimonioso que os pares realizam. O período que o "Anú" gozou de maior popularidade, no Rio Grande do Sul, foi em meados do século passado. A partir daí - tal como ocorreu com as demais danças de fandango - foi cedendo lugar às danças de conjunto que surgiam, ou se amoldou às características desta nova geração coreográfica: daí haverem surgido variantes como o "anu de cadena", com nítida influência das danças platinas sob comando.
Em princípios deste século já estava em desuso na campanha rio-grandense, permanecendo vestígios, entretanto, nos bailes dos mais afastados rincões da Serra Geral.

Coreografia: O Anú é legítima dança de pares soltos, mas não independentes. É dança grave (na parte cantada e nos passos cerimoniosos), mas ao mesmo tempo viva e algo pantomímica (mais usuais) que compõe o "Anú" rio-grandense; cada

figura pode ser mandada repetir, pelo marcante, à voz de "Outra vez que ainda 

não vi!”.